segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Aqui, agora

Esperar pra que?
Já esperei 9 meses pra nascer
Não sei como vai ser o amanhã, nem quero ter uma bola de cristal
Quero me surpreender, gosto de desafios, coisa e tal

O passado é concreto
O futuro é incerto
O presente é um presente
De mim para mim mesma

Não sei se vou estar viva amanhã
Então pra que esperar?
Um pedido, um aviso, um sorriso
Transformado em mais um dia de alegria
Com ou sem juizo

Esperar pra que?
Já esperei 9 meses pra nascer
Pra que esperar mais
E correr o risco de te perder?

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Te desafio

Era uma manhã cinzenta. Fazia frio e chovia.
Acordei naquela preguiça de começar a semana depois de um longo feriado. Mas acordei com uma voz doce sussurrando no meu ouvido. Uma voz que foi capaz de mudar a história daquela segunda feira.
Depois de rolar na cama deixando a cabeça voar no meio do céu de indecisões, resolvo levantar, tomar um banho gelado e seguir meu rumo. Pego um ônibus e vou até sua casa, debaixo de chuva, ouvindo “Los Hermanos”, carregando uma flor.
Uma única flor, repleta de significados. “I dare you to love me”. Eu podia ler essas palavras em suas pétalas. Um lírio, branco como a blusa que ela usava no primeiro dia que eu a vi.
Chego em seu prédio, dou bom dia ao porteiro, que já me conhece depois de tantas visitas àquele apartamento. Tomo coragem, pego o elevador e enquanto ele me leva ao segundo andar, respiro e tento acalmar meu coração, que batia como o de um bebê recém-nascido.
Com uma cara de assustada, ela abre a porta e, meio sem saber o que fazer, pergunta o que eu estou fazendo ali parada, na porta de sua casa, em plena segunda feira. Sem hesitar, entro, dou-lhe um beijo auto explicativo e entrego-lhe a flor. Meio sem jeito, me afasto, olho em seus olhos e vejo a expressão de surpresa se transformar em um sorriso sem graça.
Vou embora, mas deixo a flor. E junto, o desafio. Enquanto espero sua resposta, volto para casa. Mas ainda torcendo para ouvir um “sim”.

domingo, 10 de outubro de 2010

Amanheceu

O sol nasceu
O vento soprou
Olho pela janela
Vejo o nada enfeitado com tudo

O sol nasceu
O vento soprou
Enquanto rolo na cama
Vou me lembrando do seu sorriso,
do seu olhar

O sol nasceu
O vento sorpou
Quando as esperanças se perderam
Escutei uma batida na porta

Como de um sonho, despertei, assustada
Corri para a porta, coração na mão
Respirei, olhei, abri
E lá estava você (denovo?)
Com quele brilho no olhar
Típico de quando você sorri

O sol nasceu
O vento soprou
E você estava aqui, do meu lado
De onde nunca havia saido.