quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Meu Mundinho Arlequim

Adoro o jeito que você me olha
Com os olhos brilhando
Indicando algo além do que todo mundo vê

Amo o jeito que você sorri
O sorriso mais sincero que eu já recebi
Os lábios mais macios que já beijei

Gosto do jeito que você briga comigo
De como você fala dos meus defeitos
Mas mesmo assim me enche de beijos, de carinho, de amor

Seu olhar, sua boca, seu sorriso
Seu abraço, seu cafuné
Sua voz, seu abraço, seu corpo, você
É só você que me deixa assim
tão feliz
no meu mundinho arlequim

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Liberdade

Liberdade
Eu quero mais
Ela, que não aparece mais em minha vida
Que sumiu de uns tempos pra cá

Liberdade
Para expressar o que eu sinto
Para falar o que eu quero
Para fazer o que bem entendo

Liberdade
Pra dentro da cabeça
Não só minha, não só sua
Mas de todo o povo
Que na sua pobre ignorância
Rejeita as novas formas de amor

Liberdade
Tá na hora de você voltar pra mim.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Lágrimas de quê?

Lágrimas nos olhos. Sinal de fraqueza? Sinal de tristeza? Sinal de alegria? Não, sinal de saudade. Saudade de você, saudade do seu beijo, saudade do seu abraço.
Pode até achar estranho, e até certo exagero da minha parte, já que nos despedimos tem menos de 1 hora. Mas pra mim, cada minuto ao seu lado é precioso. E cada segundo longe de você é torturante.
Quero nossas noites intermináveis de risadas, beijos e brincadeiras apaixonadas. Quero nossa comida japonesa depois de uma tarde na sua casa. Quero um por do sol no Arpoador, ao som da nossa musa, da culpada de tudo isso. Quero fugir, quero sumir, quero cair.
Cair em seus braços e dizer, apenas com o olhar, aquelas três palavras.
Eu não nego, estou apaixonada. Você é a nova dona do meu coração.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Aqui, agora

Esperar pra que?
Já esperei 9 meses pra nascer
Não sei como vai ser o amanhã, nem quero ter uma bola de cristal
Quero me surpreender, gosto de desafios, coisa e tal

O passado é concreto
O futuro é incerto
O presente é um presente
De mim para mim mesma

Não sei se vou estar viva amanhã
Então pra que esperar?
Um pedido, um aviso, um sorriso
Transformado em mais um dia de alegria
Com ou sem juizo

Esperar pra que?
Já esperei 9 meses pra nascer
Pra que esperar mais
E correr o risco de te perder?

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Te desafio

Era uma manhã cinzenta. Fazia frio e chovia.
Acordei naquela preguiça de começar a semana depois de um longo feriado. Mas acordei com uma voz doce sussurrando no meu ouvido. Uma voz que foi capaz de mudar a história daquela segunda feira.
Depois de rolar na cama deixando a cabeça voar no meio do céu de indecisões, resolvo levantar, tomar um banho gelado e seguir meu rumo. Pego um ônibus e vou até sua casa, debaixo de chuva, ouvindo “Los Hermanos”, carregando uma flor.
Uma única flor, repleta de significados. “I dare you to love me”. Eu podia ler essas palavras em suas pétalas. Um lírio, branco como a blusa que ela usava no primeiro dia que eu a vi.
Chego em seu prédio, dou bom dia ao porteiro, que já me conhece depois de tantas visitas àquele apartamento. Tomo coragem, pego o elevador e enquanto ele me leva ao segundo andar, respiro e tento acalmar meu coração, que batia como o de um bebê recém-nascido.
Com uma cara de assustada, ela abre a porta e, meio sem saber o que fazer, pergunta o que eu estou fazendo ali parada, na porta de sua casa, em plena segunda feira. Sem hesitar, entro, dou-lhe um beijo auto explicativo e entrego-lhe a flor. Meio sem jeito, me afasto, olho em seus olhos e vejo a expressão de surpresa se transformar em um sorriso sem graça.
Vou embora, mas deixo a flor. E junto, o desafio. Enquanto espero sua resposta, volto para casa. Mas ainda torcendo para ouvir um “sim”.

domingo, 10 de outubro de 2010

Amanheceu

O sol nasceu
O vento soprou
Olho pela janela
Vejo o nada enfeitado com tudo

O sol nasceu
O vento soprou
Enquanto rolo na cama
Vou me lembrando do seu sorriso,
do seu olhar

O sol nasceu
O vento sorpou
Quando as esperanças se perderam
Escutei uma batida na porta

Como de um sonho, despertei, assustada
Corri para a porta, coração na mão
Respirei, olhei, abri
E lá estava você (denovo?)
Com quele brilho no olhar
Típico de quando você sorri

O sol nasceu
O vento soprou
E você estava aqui, do meu lado
De onde nunca havia saido.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Soneto da Solidão

Aqui sentado, olhando a chuva lá fora
Vejo nas gotas que escorrem pela janela
Aquele sorriso que um dia foi pra mim, sim
Sinto um aperto no coração
Mergulho no mar da solidão

Lembro-me das vezes que brigamos
Do seu rosto, raivoso porém delicado
Que ora falava ora calava
E deixava transparecer seu medo de me perder

As gotas caem, mas não são mais a chuva
As lágrimas molham meu rosto
E quando tocam meus lábios
Eu sinto o gosto salgado desse mar,
Um mar escuro e fundo
Chamado solidão.

sábado, 11 de setembro de 2010

7 pecados

Errar é humano; pecar é mais ainda
Atire a primeira pedra aquele que nunca comeu com os olhos
Dê um passo à frente quem nunca se apegou até de mais
Levanta o dedinho quem já comprou só pra se sentir bem

Errar é humano; pecar é mais ainda
Ou vai dizer que você nunca quis passar mais 5 minutinhos deitado depois do despertador ter tocado?
Nunca achou a roupa dela mais bonita que a sua?
Pode falar que acha, sem medo
E aquela raiva que você sentiu quando ela te trocou?

Errar é humano; pecar, mais ainda.
Ignorar os erros é burrice. Aprender com eles é vital. E pecar... Bem, isso sempre será inerte ao ser humano.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Quando cai a noite

Noite fria. Lareira acesa, filme, pipoca e você. Quanto mais tarde ficava, mais frio fazia. Quando mais tarde ficava, mais tempo eu passava ao seu lado. Quando mais tarde ficava, mais eu me encantava com o seu sorriso, com o seu olhar.
Que se dane a história, que se dane o fogo queimando aquele pedaço de madeira. Eu só queria saber de estar ali com você. Não estavamos sozinhos, não. Mas pra mim era como se estivessemos. Me perdia no brilho dos seus olhos todas as vezes que você falava da sua cachorrinha, a paixão da sua vida. Ficava sem graça sempre que você murmurrava alguma coisa no meu ouvido.
A madrugada caia. Você se envolvia nos meus braços e se deixava levar pelos meus beijos e abraços, que te esquentavam do frio e te envolviam com carinho, te amando de um jeito diferente. Um cochilo repentino durante o filme, que ainda entretia todo o resto do publico. Quando acordo, meus braços estão me envolvendo, tentando isolar o frio. Nossas mãos ainda se tocam. Você me faz um carinho no cabelo, um carinho na mão, e eles me tiiram completamente a atenção do filme.
Foi tudo tão perfeito. O dia, a noite, a madrugada, o dia seguinte. O que me doeu foi a partida. Aquela correria para não perder o onibus, a ultima passada no quarto para ver se esqueci alguma coisa e não, estava tudo em ordem. Tudo menos minha cabeça.
Quando cai em mim, me dei conta de tudo que fiz. Não me arrependi nem por um segundo. Ainda fico pensando em como aconteceu, como nós éramos antes de acontecer. E as vezes me pego sonhando acordada com aqueles dias. E o que era para ser coisa de uma noite só, ascendeu uma chama dentro de mim. Uma chama que deve, mas não quer se apagar.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Olhos

8h30m. O despertador do celular toca. Ao mesmo tempo que a musica da moça com a voz bonita começa a tocar, as marteladas da obra do apartamento de cima começam uma orquestra nada agradável.
Levantei sem mudar minha rotina matinal. Após o banho, peguei minha bolsa, coloquei meus fones de ouvido e lá fui eu pela rua escutando "A História de Lily Braun" na voz doce de Maria Gadu.
Quando chego no metro, olho para a plataforma de embarque e vejo aquela multidão. Se ainda estivesse antes da roleta, teria desistido de pegar aquele trem. Ainda bem que não o fiz.
Entro no primeiro vagão, o supostamente menos cheio, e fico em pé. Junto comigo, entram mais umas 15 pessoas. 15 pessoas e ela.
Rosto de boneca, cabelo impecável, toda elegante. Entrou e parou ao meu lado. Trocamos diversos olhares conforme iam passando as estações. No início, as duas ainda tímidas, fingiam que estavam olhando para o nada. Depois da Cinelândia, ficávamos nos desafiando, vendo quem tinha menos vergonha de olhar fixamente nos olhos da outra.
Olhos.. Aqueles olhos verdes, perfeitamente pintados e em sintonia com o resto de seu rosto. Ah, aqueles olhos.. Junto com seus lábios, chegaram a ameaçar um sorriso quando cruzaram com os meus e o encararam durante intermináveis 30 segundos.
Mas o sorriso logo foi disfarçado, quando a voz do metro anunciou a próxima estação. Ela desceu na Carioca, se perdeu na multidão. Até tentei segui-la com os olhos, mas ela foi engolida pelas centenas de cabeças que subiam as escadas.
Depois que as portas se fecharam, fiquei imaginando como seria a voz da dona dos olhos mais bonitos que já vi. Enquanto não descubro, vou imaginando. Será que ela faz o mesmo?

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Delírio Inesquecível

Quem é você, que me tem sem saber?
Quem é você, que me faz enlouquecer?

Mesmo quando não penso em ninguém,
pro meu pensamento você vem.

Por que você faz isso, é pra me deixar sem chão?
Pra que você diz isso? Sai da minha imaginação!

Mesmo quando não penso em ninguém,
pro meu pensamento você vem.

Mas já chega, acabou esse jogo que você criou
Não vai passar de um delírio, um momento de loucura inesquecível.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Tudo diferente

Perdi. Não tenho mais aquela vontade, aquele desejo incontrolável.
Chorei. Mesmo tentando me acostumar com a situação, é difícil ver que não está mais ao meu lado.
Me revoltei. Extravasei toda a raiva que ficou dentro de mim quando você disse adeus.
Me conformei. Não sinto mais vontade de lutar pra ter de volta o que eu já tive um dia.
Me recompus. Tentei viver de outra maneira, fiz de tudo pra esquecer as mágoas do passado.

Agora eu não digo que sou outra, mas tenho certeza que estou mudada. Preparada para aguentar tudo isso denovo. Dessa vez eu vou saber o que fazer. Quem sabe isso não muda o rumo da história?

quarta-feira, 17 de março de 2010

Basta?

Chovia. Ela andava pelas ruas, meio sem rumo, meio perdida. Estava num lugar conhecido, mas se sentia em outro mundo.
Chovia. Ao passo que andava, pensava nas coisas que havia falado e lido na noite passada. Já não sabia o que fazer, o que falar.. muito menos o porque daquilo tudo.
Chovia. Fazia frio. Mas pra ela isso era o que menos importava. Não conseguia parar de pensar na conversa que tivera. Aquilo ainda não entrava na sua cabeça.
Pensou, refletiu, repensou. E viu que estava sofrendo por antecipação.
Em sua cabeça, ela estava se preparando pro pior. E isso era o melhor a se fazer.

A chuva parou. Seus pensamentos não.

sábado, 13 de março de 2010

Segredo

Desde pequena, tinha uma certa mania de achar que seus pais eram super-heróis. Olhava para seu pai e tudo que via era uma replica envelhecida do Super-Homem, misturado com Batman e com um quê de 007. Nos olhos de sua mãe, via a Senhora Incrível. É, essa mesma; a que se estica toda, que se vira para ajudar a família inteira, que é, literalmente, incrível.
Mas ela foi crescendo. E com o tempo veio verdade. Viu que seu pai não passava de um homem comum, sem super poder algum. Sua mãe ainda se virava para atender toda a família. Mas não tinha os poderes da Sra. Incrível. Ainda assim, acreditava que eles tinham alguma coisa de especial. Porque não eram como os outros pais. Ainda eram casados, enquanto todos os outros eram separados. Conversava com eles na hora do almoço, o que era muito estranho para seus amigos, que já quase não viam nem falavam com seus progenitores (pais são aqueles que tomam conta, que criam a criança). Ela era uma criança diferente, mas ninguém nunca notou.
Hoje se descobriu uma pessoa diferente. Viu que não era como suas amigas, mas também não era exatamente um modelo dos seus amigos. Se da bem com todos. Mas não é uma pessoa comum. Não só pelo fato de ter pais casados ou almoçar em familia quase todos os dias.. há algo de especial nessa menina. Mas ela não quer me contar.

quinta-feira, 11 de março de 2010

era só mais um dia

Era só mais um dia.. havia acordado no horário de sempre, meio dia, com um telefonema de sua mãe, pedindo sua ajuda. Levantou, tomou seu banho, almoçou e se foi, sem saber o que a aguardava. Depois de cumprir sua tarefa, resolveu passar na loja de musica, apenas para pesquisar os preços de cordas. Acabou extravasando, comprara uma capa, cordas novas e colocara uma alça em seu xodó, que para os outros era só um violão. De lá, tomou seu rumo e foi para casa. Estava quente. Muito quente.
Em seu ipod, não tocava nenhuma musica que fizesse lembrar de sua amada. Mesmo assim insistia em lembrar. Como consegue, pensava, fazer isso comigo? Como pode me deixar assim? Por que insiste em rodear meus pensamentos?
Chegando em casa, não quis saber de outra coisa se não seu violão. Fechou os olhos, levantou da cadeira, fez um acorde não muito difícil e imaginou uma multidão aos seus pés. Ainda de olhos fechados, começou a cantar, imaginando que aquela mesma multidão cantava junto. Mesmo naquele palco imenso que era seu pensamento, com aquela legião cantando suas musicas, não conseguia parar de pensar naquela que tomara conta de seu coração.
Abriu os olhos, voltou ao mundo real. E viu que sua amada não estava ali ao seu lado, que não havia uma legião de fãs cantando e que seu xodó estava desafinado.
A tristeza tomou conta de seu coração. Mas foi só por alguns instantes, porque pensou no sorriso dela. Lembrou como é bom estar ao seu lado. Pensou em seu abraço que, apesar de pequeno, era muito aconchegante. E viu que não vale a pena se lamentar por ela estar longe. Vale, sim, lembrar de como é bom tê-la, ainda que longe.