sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Soneto da Solidão

Aqui sentado, olhando a chuva lá fora
Vejo nas gotas que escorrem pela janela
Aquele sorriso que um dia foi pra mim, sim
Sinto um aperto no coração
Mergulho no mar da solidão

Lembro-me das vezes que brigamos
Do seu rosto, raivoso porém delicado
Que ora falava ora calava
E deixava transparecer seu medo de me perder

As gotas caem, mas não são mais a chuva
As lágrimas molham meu rosto
E quando tocam meus lábios
Eu sinto o gosto salgado desse mar,
Um mar escuro e fundo
Chamado solidão.

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